A turnê “Rock This Country” segue seus dias de auge e o site “The Atlanta Journal-Constitution” divulgou hoje uma entrevista exclusiva com Shania Twain. A tradução você confere abaixo:
Matéria: Shania Twain ready to ‘rock this country’ with hits-filled show
By Melissa Ruggieri – The Atlanta Journal-Constitution
No começo de Junho, Shania Twain subiu ao palco em Seattle e iniciou sua primeira turnê em mais de uma década.
E também, ela insiste, sua última turnê.
Bem, quem pode culpá-la, então, de aliviar sua famosa cabeleira castanha para participar da onda das loiras terem mais diversão?
Twain também é a artista feminina que mais vendeu na história da música country com mais de 85 milhões de cópias vendidas. Em 2012, ela voltou a performar ao vivo com uma residência de dois anos em Las Vegas em um show cheio de hits (e alguns cavalos).
Algumas semanas antes do início de sua turnê de cinco meses “Rock This Country”, Twain conversou com repórteres sobre seus planos para o futuro – esperadas músicas novas e de sua autoria – e também da produção e setlist do show, que chega ao Philips Arena em 01 de Agosto.
Não, os cavalos não estão vindo.
O que os fãs podem esperar a produção ao vivo:
“A turnê se chama ‘Rock This Country’ e é uma turnê de comemoração por muitos motivos. Estou me reunindo com os fãs nas suas cidades-natais. É um adeus ao palco, então o show é cheio de muita tecnologia. É um show muito dinâmico. É uma produção toda nova, inteiramente diferente de Vegas. Vai sacudir e será muito divertido.”
Como ela escolheu o setlist:
“Não vai haver nenhuma música do álbum novo por enquanto, (mas) talvez mais próximo do fim da turnê, talvez seja possível acrescentar algumas. Eu não quero chatear as pessoas com músicas que elas não sabem. Quando vou a um show, eu quero ouvir as músicas que eu já estou familiarizada. … Essa turnê conta realmente com os clássicos. O objetivo é dizer adeus ao palco em alto com meus amigos, meus fãs.”
Como é um dia típico em turnê?
“É praticamente de muito trabalho. Em uma das minhas turnês, eu trouxe meu cavalo comigo. Aquilo foi muito único. Tivemos que planejar mas era o meu jeito de me exercitar e sair, olhar a paisagem e eu amo meus cavalos. Essa turnê será um pouco mais focada em gravar. Quando estou no palco ou viajando, eu vou estar gravando os vocais ou trabalhando nas composições, então eu não vou poder sair muito nessa turnê.”
Como ela se sente sobre estar de volta na estrada:
“Eu vou me divertir muito nessa turnê. Eu estou mais relaxada em muitos aspectos. Estou saboreando-a por ser minha última turnê. Estou em espírito de despedida, mas eu estou em uma reunião de espírito para estar de volta junto com os fãs e isso vai ser emocionante pra mim. Eu estou entrando com o pé direito em muitos aspectos, tecnicamente, psicologicamente, e é uma experiência agridoce.”
O que ela aprendeu durante sua residência em Vegas:
“É certamente uma razão por eu ter decidido sair em turnê. Durante o período final do meu período de dois anos em Vegas, eu percebi que eu sentia falta de estar em turnê e sentia falta de ir ao público ao contrário de eles virem até mim. Eu percebi que poderia ser divertido pra mim ir até as cidades e experimentar aquele ânimo. … Há muitas coisas a se aprender em Vegas, isso tenho certeza! As plateias são muito próximas do palco. Foi um dos luxos que eu gostei. Eu gosto de ver as pessoas de perto e tocá-las.”
O som de sua nova música:
“Estilisticamente, é difícil pra mim explicar; é diferente do que eu fiz no passado. As músicas e o espírito delas são muito identificáveis. Eu acho que vão ter muitos elementos inesperados nas músicas. Estou compondo tudo sozinha então não há influências externas, e isso dá naturalmente um espírito diferente para as músicas. Eu evolui e tenho muitas coisas diferentes pra dizer e expressar que não eram significantes para mim há 10 ou 15 anos atrás. É uma composição muito personalizada. Tem sido um processo terapêutico pra mim. Estou colocando meu coração pra fora nessas músicas, seja nas letras ou nas melodias ou nas progressões dos acordes. Tem sido uma ótima experiência. Eu poderia apenas fazer isso, compor, e me sentir satisfeita e estou aprendendo isso sobre mim mesma.”
Como ela conseguiu sua voz de volta (antes de sua temporada em Vegas, Twain teve problemas vocais e teve medo de nunca cantar de novo):
“Deu muito trabalho, muita terapia física e vocal. Persistência, determinação, porque como toda a fisioterapia, é difícil, é entediante, é repetitivo, é chato, é doloroso muitas vezes, é muito similar ao que um atleta tem que passar se ele se machucar. Eu preciso de uma hora e meia de aquecimento físico e vocal antes dos shows agora.”
Sobre se tornar uma cinquentona (seu aniversário é em 28 de Agosto):
“Eu acho que ninguém na segunda metade de seus 40 anos considera o que vai significar ter 50, e pra mim, eu acho que há uma inspiração e motivação para ser o meu melhor. Eu sinto que se não me esforçar para ser o melhor que posso ser agora, só vai piorar depois disso. Você tem que ser o mais apto possível, o mais educado possível, o mais feliz possível e acho que isso configura uma positividade, uma força para mim mesma para seguir e isso define o tom para o resto da minha vida, é assim que eu vejo.”
Então, isso é o fim?
“Eu certamente não me aposentarei da música. Estarei fazendo música até o dia em que eu morrer. Mas o lado da performance eu sinto que é uma fase da minha vida. Eu tenho estado no palco desde que eu tinha 8 anos de idade. Eu realmente já estendi minha cota de performances. Eu quero compor mais, gravar mais. Eu sinto falta de gravar e não fiz gravações o suficiente na minha vida e na minha carreira. Eu também quero compor para outros artistas que estão começando e apreciar eles tendo o momento deles no palco.”
